segunda-feira, 2 de novembro de 2009

E porque não tentar?!

Já há muito que não escrevia... pelo menos nada que me viesse do coração, da alma... muitas vezes falta o tempo, a inspiração, ou mesmo, a vontade... mas, felizmente, tenho do meu lado pessoas que, tal como anjos, me lembram de abrir as asas quando me esqueço de voar.
E voar sabe tão bem... Tenho oportunidade de estar onde quero, com quem quero e basta-me um momento, um momento interior, e tudo parece ficar com outro tom, outro aroma, outra vida, outra sensação, outro conforto...

Obrigada por me fazeres voar, e tornares a nossa Amizade em algo que, embora distante, se torna tão próximo!!!

sábado, 26 de setembro de 2009

Cada um que passa na nossa vida passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa na nossa vida passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito; mas não há os que não levam nada.
Há os que deixam muito; mas não há os que não deixam nada.
Esta é a maior responsabilidade da nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.
(Antoine De Saint-Exupéry)
Como costumo dizer...as pessoas entram na nossa vida por acaso, mas nao é por acaso que permanecem...
(como foste a última pessoa a entrar na minha vida...e que, espero, permaneças para sempre...é para ti...em agradecimento de toda a Amizade! :D )

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

eh eh eh EU VOU


eh eh eh

Numa de gozo... (e tal como no anúncio do Rock in Rio)
...EU VOU...




segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Olhos da memória

"Os olhos da nossa memória vêem melhor do que os nossos..."
São os olhos da memória que me deixam viajar por tempos passados...reviver momentos...pessoas...lugares...cores...sensações...são eles que me ajudam a matar o sentimento de perda, de falta... (mas lá que ajudam, ajudam :D)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Changes...

Num tempo em que nem tudo o que parece é, em que toda a gente parece fugir de algo, em que ninguém se pode dar ao luxo de viver a vida como se não houvesse amanhã...eis que surgem mudanças!
Mudanças que fazem as pessoas verem e viverem a vida de outra maneira, verem as coisas com olhos de ver e de sentir, e darem apenas importância "àquele" momento, ao "agora" e ao "amanhã", deixando para trás, como que uma página virada, o passado, o "ontem", o que vivemos e que, por algum motivo, não queremos recordar...porque não é necessário, porque magoa, porque se escolhe assim...
Há, claro, coisas com as quais escolhemos, voluntaria ou involuntariamente, viver o resto das nossas vidas, e não mudar...essas são as coisas que nos tornam únicos, especiais, diferentes do resto do mundo, dos vizinhos, dos colegas... há também aquilo que se aprende com a vida (e com os amigos), e que, querendo ou não, nos leva a sonhar, a viver, a pensar, a reflectir...isto tudo faz parte de nós, é um pedaço de nós...isto tudo, de uma forma ilusória, muda-nos também, por vezes na maneira de pensar, de agir, de ver, de sentir, de observar...de olhar no fundo dos outros e de tudo o que está à nossa volta!!!
(Para quem andava a pedir que escrevesse, aqui vai...era apenas o que me ia na alma ;D)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Summer...

Este video é o resultado de 15 dias de...

Malukice

Doidice

Companheirismo...

e cumplicidade!!!

Queria aqui deixá-lo, para mostrar que, quando menos se espera as pessoas entram na nossa vida, e permancem...porque são especiais, e porque cresce uma grande Amizade!!!

Para ti, Bekitas...

domingo, 19 de julho de 2009

Past...

Quando tudo parece estagnado...
Eis que...

PASSADO!

Tudo é passado...
Finalmente uma página virada,
Uma etapa conquistada,
Um capítulo terminado...

Passado...
Nada mais que um simples virar de costas!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

" We must take the risk to script our own perfection, and to go as far as possible using conscience as our compass, serenity as our barometer, and the wisdom of great sages as our inspiration."
--- Shunyamurti --- Submitted by Sahayak Plowman --- Australia

sábado, 11 de julho de 2009

Familía ;)


Para SERRA (1999), a família tem como função primordial a de protecção, tendo sobretudo, potencialidades para dar apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos, podendo formar uma barreira defensiva contra agressões externas. FALLON [et al.] (cit. por Idem) reforça ainda que, a família ajuda a manter a saúde física e mental do indivíduo, por constituir o maior recurso natural para lidar com situações potenciadoras de stress associadas à vida na comunidade.


Apesar de, muitas vezes inconscientemente, excluirmos muitas pessoas do nosso seio familiar, não deixam de ter um elo connosco, seja apenas afectivo, ou de sangue. Mas se, como referido, uma das funções da família é proteger, dar apoio emocional (e fisíco)...porque é que muitas vezes não são os nossos familiares que o fazem?! Pois é, assim posso justificar (e coerentemente) que, mais importante que alguns familiares, os nossos AMIGOS têm um papel fundamental na nossa vida...pelo menos na minha têm, e muito! Quantas vezes são os amigos que nos ouvem, ajudam, encobrem, protegem, são um chamado "porto de abrigo"?? Muitas!!!


Amigos, familía...eu não lhes faço distinção...sei que são ambos igualmente importantes, essenciais e indispensáveis na minha vida...cada um ocupa o seu lugar, mas para ter este lugar é porque mereceu a minha confiança e respeito...


Quando me dizem "a familía não se escolhe, os amigos podem escolher-se..."...os meus amigos não foram escolhidos, simplesmente entraram na minha vida e no meu coração e por algum motivo permanecem :)


Deixo isto em aberto... para um dia, talvez, continuar a escrever sobre este assunto...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

It was nice to meet you - part II

Dando continuidade à publicação anterior...
Todos os que me conhecem (bastante bem) me perguntaram, ou melhor,têm perguntado MUITO... "Tantas fotos? Quem é essa pessoa contigo na foto? Tu a tirares fotos com pessoas que conheces há pouco...? Espectáculo!!! "

:)
Tem sido esta a reacção daqueles que me conhecem...
A única coisa que posso dizer é...
Mudei (assim um bocadiiiinho muuuito pequenino) algumas coisas na minha maneira de ser...E, contrariando o meu feitio, sim...Dou-me bem com alguém que mal conheço..."It was nice to meet you"...e tenho uma AMIGA (nova) muito fixe!!!

Espero que tenha esclarecido a malta :)
I rest my case! EH EH EH

quarta-feira, 8 de julho de 2009

It was nice to meet you :)


Há vários tipos de AMIGOS...


Aquele que consideramos o nosso MELHOR AMIGO...


Os nossos AMIGOS DE INFÂNCIA...


Os nossos AMIGOS DA ESCOLA...


E há aquelas pessoas que entram na nossa vida, a qualquer momento, quase que por acaso,e que permanecem...


Aquelas pessoas que nunca pensámos que um dia podéssemos chamar de "AMIGOS"...


E assim foi contigo, não te conhecia, mas parece que somos amigas de sempre...também com as nossas maluquices do costume :) EHEH


It was nice to meet you!!!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Incondicionalmente...

"Tu aceitas-me como sou, da mesma forma que eu te entendo e aceito como todos os teus defeitos. De que me serve escrever-te esta carta se não abrir o meu coração de uma forma incondicional? Somos o nosso passado e ignorá-lo ou escondê-lo é uma forma de cobardia." (M.R.P, in Diário da tua ausência)

Não só no Amor, mas na Amizade, a aceitação incondicional do outro, dos seus defeitos, feitios, qualidades, ambições, é algo vital. Por vezes, entregamo-nos a outro ser de forma quase "total", com uma intensidade tal que, por vezes, sufocamos e nos deixamos levar, sem ter uma vida própria. Ao dizermos, ou até ao confessarmos os nossos sentimentos, estamos a criar laços, a fazer crescer um sentimento de posse, muitas vezes....mais tarde quem sofre? Pois, a questão de sempre... O mais fraco. O que abre o coração de uma forma incondicional, sem olhar a meios ou pensar em consequências...

(vou ficar por aqui...)


Quando leres este texto, sei que vais perceber que mencionei algumas das coisas que ja me ensinaste, ou me fizeste relembrar...

domingo, 28 de junho de 2009

De sempre...como sempre!!!

Lá estava eu, naquela rua, naquele café, no sítio de sempre e à hora do costume… Era a minha pausa do trabalho, aqueles 15 minutos em que eu tirava a cabeça do computador e que me dava ao luxo de atravessar a avenida e ir tomar um bom café forte. Tu também lá estavas, nesse dia, vestias uma camisola azul escura, uma T-shirt branca e jeans, e trazias aquele perfume tão característico de tabaco, e o jornal debaixo do braço, como sempre fazias.
Aquele olhar que trocámos ficou para sempre na minha memória. Quando te dirigiste do balcão para a mesa, passaste com os teus olhos verdes por mim, e eu na altura nem liguei.
Eu tinha aquele hábito de me sentar na 2ª mesa a contar do fundo, de frente para a porta e do lado da janela, e tu, de um dia para o outro, passaste a sentar-te todos os dias, mas mesmo todos os dias, na 3ª mesa a contar do fundo, do lado da janela e de costas para a porta. Passavas o tempo todo a olhar para mim e eu nem me apercebia… nem me sentia observada. Foi preciso estar acompanhada, um dia, para a minha amiga, Inês, se aperceber que estávamos a ser observadas.
A partir desse dia, deixei de me sentir bem e até me sentava noutro lugar, até que ganhaste coragem para falares comigo, para te apresentares e pedires para te sentares ao pé de mim.
- Olá, eu sou o António… Posso sentar-me?
Eu limitei-me a fazer um gesto de permissão. Até que tu me explicaste tudo…
- Isto pode parecer estranho, mas eu conheço-te de há muitos anos. Desde crianças. Não te deves lembrar de mim, o que é perfeitamente normal, sempre foste uma rapariga da cidade, que quando estava no campo dizia: “Eu não gosto deste sossego.” Lembraste destas palavras?! O que é certo é que nunca mais te vi por aquelas bandas… Bem que me gritavas, que um dia irias ser uma mulher bem sucedida, que não voltarias lá… Quando me dizias estas palavras, o meu coração parava, e eu era ainda uma criança…
- Tu és o António, o “meu António”! Não leves a mal, mas não te conheci mesmo, e afinal, já lá vão 20 anos, éramos só uns adolescentes, umas crianças…
- O “teu António”? Tu é que eras a “minha miúda”…
- Quando eu era miúda, apesar das coisas que dizia, passava o ano inteiro à espera que chegassem as férias do Verão para ir para lá, para estar contigo, irmos para o rio, irmos pescar e andar de bicicleta… Apenas dizia aquelas coisas como um escape, para não ferir o meu orgulho e, principalmente, para me convencer que gostava mais de morar na cidade, o que era uma grande mentira! E acabei por deixar de lá ir, e por perder qualquer contacto com aquele sítio e contigo…
O que é certo é que ficámos a conversar por tanto tempo que já nem ao trabalho voltei, e todos os dias, nos encontrávamos lá, e revivíamos as nossas histórias e aventuras... O António lembrava-se de tudo com todos os detalhes.
- Lembraste de quando passámos uma tarde inteira no rio, à pesca, e só pescaste um peixito?! Ficaste tão chateada… ainda me lembro! Querias ter o meu jeito, mas não nasceste para aquilo. Mas esse verão foi sem dúvidas o mais divertido.
- A melhor memória que tenho desses tempos foi o dia em que me disseste que ias mudar-te, ias morar para Lisboa, e eu pensei que isso fosse mudar tudo, e acabei por ser eu a criar essa mudança, eu fugi e não voltei, para não ter de não te ver.
Nisto ficámos calados, não tínhamos mais o que dizer… Era tudo um grande nada, a partir daqui não tínhamos nada em comum, se não lembranças, pequenas lembranças, que na minha cabeça se iam desvanecendo…
Como poderíamos recuperar tudo? Simplesmente não podíamos! Tínhamos a nossa vida, em lugares diferentes, em áreas diferentes, não havia nada que parecesse comum entre nós novamente. Mas foi este regresso ao passado que abriu um espaço no nosso coração, para memórias, sensações, sabores…
Nada voltou a ser como dantes, nem podia, já não éramos crianças, já não tínhamos aquela inconsciência… mas plantámos uma Amizade novamente, cúmplice e pura, tal como quando éramos crianças…
(como gostas do que escrevo, e só tenho a agradecer por isso, espero que gostes deste texto, MJ)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Quando a saudade aperta...

`

Existem pessoas que entram na nossa vida com uma rapidez e facilidade enorme...às vezes nem damos conta...mas tal como entram, desaparecem da nossa vida num piscar de olhos. Sem darmos conta de quando, como e porquê...
A "minha Joi" é aquela minha "pequena amiga e companheira...amiga especial", de quem tenho saudades quase todos os dias... Foi muito tempo de convivência, para uma ausência forçada...
Não é a vida, nem as circunstâncias que nos vão separar, e hoje comprovei isso... Continuamos as mesmas malucas, amigas e companheiras de sempre!!! Foi bom recuperar algum do nosso tempo :)
TINHA SAUDADES TUAS

domingo, 21 de junho de 2009

Some said...

Aquando da leitura do livro que me foi ofertado, entitulado "Pesca comercial de tubarões e raias em Portugal" (sim, eu sou de Letras mas adoro estas coisas!!!), encontrei, num toque de genialidade, estas frases de célebres...
"Scientists are a friendly, atheistic, hard-working, beer-drinking lot whose minds are preoccupied with sex, chess and baseball when they are not preoccupied with science."
(Yann Martel)
"A ruler must learn to persuade and not to compel."
(Frank Herbert)
"And in the end it's not the years in your life that count. It's the life in your years."
(Abraham Lincoln)
"Bureaucracy destroys initiative."
(Frank Herbert)
"He who passively accepts evil is as much involved in it as he who helps to perpetrate it. He who accepts evil without protesting against it is really cooperating with it."
(Martin Luther King, Jr.)
"That it will never come again is what makes life so sweet."
(Emily Dickinson)
"The popular man arouses the jealousy of the powerful."
(Frank Herbert)
PARABÉNS PADRINHO!!! ESTOU MUITO ORGULHOSA!!!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Memórias...


Tudo o que resta são apenas memórias...

Memórias de tudo o que vivemos...

Memórias de tudo o que não passámos...

Memórias que ainda pairam no meu coração...

Memórias de todos os carinhos que não recebi...

...de todos os gestos que nao vi...

...de todos os segundos que não estiveste comigo...

Estas memórias um dia vão desvanecer-se em mim...

Com o viver de novas aventuras e experiências...

Com o conhecer de novas pessoas...

Que de certo irão tomar o teu lugar...

Não me vou abaixo por isso...

Sei que cada um ocupa um lugar na vida dos outros...

Tiveste a tua oportunidade...

Não a saber aproveitar foi um facto...

...ou uma escolha, não sei...

Ficaram tantas dúvidas...

Tantas coisas por dizer...

Tanta coisa por fazer e realizar...



Mas assim ficou...

E assim ficará...

Estagnada no tempo...

Esta oportunidade, que quem sabe...?!

Não terá sido "aquela".

terça-feira, 12 de maio de 2009

De infância...




Desde muito pequena que fui influenciada a gostar de tubarões...o que é certo é que é um animal que venero!!! ;)

sábado, 9 de maio de 2009

"Quando gosto muito de alguém, é como se mergulhasse na cabeça da pessoa e viajasse dentro dela, percorrendo o seu passado e adivinhando o seu futuro. E quase sempre acerto no que vejo e quase sempre me alegro com o que conheço."

Diário da tua ausência, de Margarida Rebelo Pinto

Decidi deixar-vos uma passagem de um livro que adorei... e com o qual me identifico muito.
Imagina que te escrevo em voz baixa. Falamos sempre baixo quando queremos que acreditem nas nossas palavras. E tudo o que aqui escrevo é verdade.
Escrevemos porque ninguém ouve. Escrevo-te porque estás longe, numa cidade onde o nevoeiro roubou o ar ao sol e as pessoas pensam mais do que sentem. Se ao menos estivesses aqui ao meu lado, passava-te a mão pela nuca, puxava-te ligeiramente os caracóis e então tu fechavas os olhos de prazer e eu sentia-te próximo. Mas isso agora não é possível. A tecnologia pôs ao nosso serviço meios fabulosos para podermos estar sempre em contacto. Posso telefonar-te para o telemóvel sempre que quiser e o tiveres ligado - o que é quase sempre, sem contar com o tempo que estás em reunião, a dar um seminário ou a voar de uma cidade para outra -, posso enviar-te mensagens escritas ou posso ainda escrever-te e-mails. Se o desejar, consigo arranjar forma de entrar em contacto contigo duas ou três vezes por dia. E claro, como todas as raparigas deste mundo que esperam por um rapaz, posso esperar que me telefones ou que um dia voltes.
Mas tu não estás aqui; não vives no mesmo país e não respiras o mesmo ar. O teu sono é embalado noutras cidades: Londres, Paris, Madrid, Barcelona. A Europa fica-te bem, sabias? E o teu trabalho também, porque és um cidadão do mundo, ou pelo menos estás convencido que és.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

segunda-feira, 4 de maio de 2009

The Mirror (author unknown)


I look in the mirror

And what do I see?

A strange-looking person

That cannot be me.


For I am much younger

And not nearly so fat

As that face in the mirror

I am looking at.


Oh, where are the mirrors

That I used to know

Like the ones which were made

Thirty years ago?


Now all things have changed

And I'm sure you'll agree

Mirrors are not as good

As they used to be.


So never be concerned

If the wrinkles appear

For one thing I've learn

Which is very clear:


Should your complexion

Be less than perfection

It is really the mirror

That needs correction.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Festa do Vinho (30.04.09 a 03.05.09)


Mais um ano... Mais uma Festa do Vinho!

Aqui vos deixo a referência histórica de uma festa muito cartaxeira (e ribatejana), que para muitos é considerada a festa mais tradicional da nossa terra!


"Desde os tempos mais antigos, a cultura da vinha no Concelho do Cartaxo era o que mais contribuía financeiramente para o rendimento da nossa terra e naturalmente também servia para os seus produtores terem grande orgulho das suas qualidades e festejarem a sua existência, em festas ocasionais. A sua presença chegou a ter determinada influência, por ocasiões de eleições em que nas pré-campanhas, as grandes casas agrícolas faziam a sua presença no Largo Vasco da Gama, onde existe a Praça de Touros e onde habitualmente se realizavam as feiras. Então, cada uma das casas apresentava cartolas com o seu vinho, uma celha com água para as lavagens dos copos ou púcaros, e um banco para assento do seu empregado, para dirigir o movimento.
Claro que nesse dia, em honra do vinho, estalavam foguetes no ar, a Banda da Música animava a marcha, e os dignos oferecedores do mesmo, apresentavam-se nesse movimento, para colherem informações, para saberem qual era o preferido pelos beneficiários. ...ainda não havia análises! Não havia quem fizesse algum discurso, mas o motivo chamava muita gente, do Cartaxo e Freguesias, e não só. O vinho era de graça e os grandes provadores corriam de um lado para o outro, começavam a discutir qual era o melhor, mas, de tanto beberem, contaminava-os a grande alegria, exteriorizavam ainda mais.
Certo que a água para lavar os copos acabava por ficar uma espécie de água-pé, uns ao bebê-lo entornavam os copos, a cartola ficava vazia, e restava portanto a terra a mostrar que também provava o vinho, e a embriaguês generalizava-se: uns caindo no chão, outros mal dispostos, etc, etc... Nessa altura não havia as ambulâncias dos Bombeiros, da Cruz Vermelha e, se havia já o Hospital poucos para lá se dirigiam. ...era um grande dia de festa, e Viva o Vinho do Cartaxo!
Na semana anterior ao dia de eleições, o feitor e mais um empregado de importância na respectiva Casa Agrícola que oferecera o vinho, à noite, dirigiam-se a casa dos votantes, com conversa amena, evidenciando a qualidade de Vinho tão bom, entregando-lhes um sobrescrito que levava lá dentro o respectivo voto, todo dobradinho, e também sobrescritos para seus familiares e amigos. O sobrescrito era recebido como uma honra para os destinatários, nem o abriam para não o amarrotar!
Os ofertores reuniam no Clube, para trocarem as suas impressões e, como geralmente não tinham contestação de valia, faziam as suas contas, sem computadores que ainda não existiam, computando a respectiva vitória. Se assistimos a algumas destas manifestações primárias, também assistimos à última que aqui se fez, no Largo Vasco da Gama, em que o número de cartolas foi muito reduzido e o público em quantidade diminuta. ...acabou a modalidade. Porém o vinho continuou a ter manifestações governamentais, dirigidas pela Junta Nacional do Vinho, para apreciação dos mesmos concedendo ao respectivo reprodutor um Diploma, que para eles era um motivo de muito orgulho. Com a criação do Museu Rural e do Vinho em 1984, foi organizado o concurso do Melhor Vinho
da Colheita, que começou a dar grande desenvolvimento à qualidade do vinho e em 1988 começou a FESTA DO VINHO na então vila, que se tem prolongado, cada vez mais desenvolvida, até aos dias de hoje. A Festa do Vinho é grande na nossa terra: com as ruas principais, lindamente iluminadas, torna-se um espectáculo maravilhoso, sendo mesmo o Grande Cartaz Turístico do Cartaxo! A região vitícola do Cartaxo é conhecida desde tempos imemoriais pela qualidade dos seus vinhos brancos, tintos e rosés. Além da fama, os vinhos deram proveito às gentes do Cartaxo que os celebram em alegres festejos. Justificadamente.
Todos os anos em finais de Abril, princípios de Maio, realiza-se na Cidade do cartaxo a Festa do Vinho, que proporciona aos apreciadores um contacto com os seus riquíssimos paladares. Há sempre vinho em exposição, que pode ser degustado nas "tasquinhas" representativas das oito freguesias do concelho, ou adquirido no pavilhão de vendas. As "tasquinhas" apresentam ainda as especialidades gastronómicas da região.
A festa inclui manifestações de âmbito cultural, relacionadas com a ligação do vinho à vida social das nossas gentes. Destina-se essencialmente a sensibilizar as pessoas para a promoção da qualidade e a valorização dos vinhos do Cartaxo. Assim, na exposição, feita em dois níveis com os engarrafados de um lado e os barris do outro, aparecem os melhores produtos. é a grande oportunidade para os conhecer e seleccionar. A animação é uma componente essencial, apostando-se em grandes nomes da música portuguesa."

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Um pouco mais...


Um pouco mais de sol – eu era brasa.

Um pouco mais de azul – eu era além.

Para atingir, faltou-me um golpe de asa...

Se ao menos eu permanecesse aquém...

(Mário de Sá-Carneiro)

terça-feira, 24 de março de 2009

domingo, 22 de março de 2009

Balançar...


Pedes-me um tempo
pra balanço de vida
mas eu sou de letras
não me sei dividir
para mim um balanço
é mesmo balançar
balançar até dar balanço
e sair...
Pedes-me um sonho
pra fazer de chão
mas eu desses não tenho
só dos de voar
agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar
de quê?
de viver o perigo
de quê?
de rasgar o peito
com o quê?
de morrer
mas de que, paixão?
de quê?
se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e nao ter, nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...
Prendes o mundo
dentro das mãos fechadas
e o que cabe é pouco
mas é tudo o que tens
esqueces que às vezes
quando falha o chão
o salto é sem rede
e tens de abrir as mãos
Pedes-me um sonho
pra juntar os pedaços
mas nem tudo o que parte
se volta a colar
e agarras a minha mao
com a tua mao e prendes-me
e dizes-me para te salvar
de quê?
de viver o perigo
de quê?
de rasgar o peito
com o quê?
de morrer
mas de que, paixão?
de quê?
se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e nao ter, nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...
de quê?
de viver o perigo
de quê?
de rasgar o peito
com o quê?
de morrer
mas de que, paixão?
de quê?
se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e nao ter, nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...

(Mafalda Veiga)
Decidi deixar-vos uma música que adoro... Disfrutem...

quinta-feira, 19 de março de 2009

Quebrar o gelo...


Para quebrar o gelo...aqui vai algo para rir e descontrair!


domingo, 15 de março de 2009

Life's but a walking shadow...


Tomorrow, and tomorrow, and tomorrow,

Creeps in this petty pace from day to day,

To the last syllable of recorded time;

And all our yesterdays have lighted fools

The way to dusty death. Out, out, brief candle!

Life's but a walking shadow, a poor player,

That struts and frets his hour upon the stage,

And then is heard no more.

It is a taleTold by an idiot, full of sound and fury,

Signifying nothing.


(William Shakespeare)
Macbeth Act 5, scene 5, 19–28

Chocolate, de Joanne Harris


Foi-me proposto escrever um texto descritivo sobre um livro ou filme que tenha gostado... e por que nao?!

Aqui vai...o meu texto sobre o meu livro/filme preferido...





O livro “Chocolate”, de Joanne Harris, é um livro delicioso e aromático, com uma sensibilidade extraordinária que nos leva a cheiros irresistíveis, que apuram o nosso olfacto e paladar, apresenta-nos personagens misteriosas dentro de uma comunidade conservadora, fechada e triste, é um livro que se situa entre uma igreja e uma chocolataria, entre uma comunidade manobrada por um padre e a dona da chocolataria, que tinha uma visão muito original do mundo.
Este livro relata a história de Vianne Rocher, uma mulher que viaja ao sabor do vento, sem raízes, com uma independência invejável, que foge dos seus próprios fantasmas, e que, a uma dada altura, sente um desejo de estabilidade. Vianne instala-se numa pequena aldeia, Lansquenet-sur-Tannes, com a sua filha, Anouk, com a esperança de abraçar aquela aldeia com um toque de felicidade através do seu dom de fazer chocolate.
Como qualquer comunidade conservadora e fechada, Vianne enfrenta a exclusão, consideram a sua chegada e o seu propósito uma afronta à igreja. Vianne decidiu inaugurar a chocolataria na quaresma, altura esta que é considerada de jejum e, por sua vez, o Padre vê este negócio como um desvio e uma tentação para a sua comunidade, pois para ele o chocolate, com todas as suas cores, aromas e sabores, era um apelo à sedução dos sentidos.
Devido à intransigência e à mentalidade fechada do Padre, a comunidade via Vianne como uma feiticeira, que, com a sua doçura e aparente solidão, o incomodava. Este tinha um espírito conservador, um enorme desejo de poder, e desejava aperfeiçoar a sua comunidade. Julgava que o mal estava no prazer, vivia obcecado em fazer jejuns, que o levavam a ter alucinações, mas mais tarde a sua obsessão foi a chocolataria.
Na chocolataria, Vianne concretizava os seus objectivos, fazia algo que gostava para sobreviver, trazia alguma felicidade e alegria àquela gente e seguia sua própria religião, que se baseava em ser feliz. Era ali que ela punha em prática terapias psicológicas que a levavam a conhecer as pessoas, a descobrir o porquê dos seus comportamentos e até os seus desejos mais íntimos, e tudo isto através do chocolate, e da alquimia que o chocolate possui.
O chocolate aqui transforma-se quase que num agente de transformação, pois Vianne vai ao encontro de personagens que inicialmente eram inacessíveis, fechadas, solitárias e imersas no seu sofrimento, como o caso de Roux e Josefine Muscat, e que depois se transformam totalmente. Estes tornaram-se clientes, ou até se poderão chamar “pacientes”, assíduos de Vianne, sofreram transformações naqueles breves momentos passados na chocolataria, em que trocaram palavras e sensações mágicas com Vianne, enquanto esta tentava encontrar “aquele” chocolate para cada um deles. Vianne tinha dois dons, o da química do chocolate e do poder da palavra, e foi através destes dons que Josefine ganhou uma nova vida, que inicialmente se revelou ser o oposto da de Vianne.
Como desfecho desta história apetitosa, o Padre viu-se obrigado a reconhecer que Vianne estava apenas a tentar viver a sua vida em detrimento da felicidade dos outros, utilizando os seus dons para fazer a mudança, e esta decidiu assentar raízes em Lansquenet-sur-Tannes, na esperança que o vento não a torna-se a chamar.
“Chocolate” revelou-se, assim, um livro saboroso que nos permite voar ao sabor da nossa imaginação, quando são descritas todas as confecções de chocolate, e que nos permite conhecer um ambiente ou sociedade diferente da nossa, mas que tem aspectos comuns, como a exclusão pela diferença. É um livro que nos mostra como pequenas coisas e pormenores da vida quotidiana podem mudar mentalidades e maneiras de estar.
Numa só palavra, é um livro irresistível.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Para a vida...


Aquelas palavras não me saíam da cabeça, “Já não há nada a fazer!”. Logo estas palavras que nos roubam toda a esperança…
Já estava contigo há uma vida, e tudo parecia tão calmo, tão sereno, éramos aqueles seres que nem precisavam de falar para saber o que ia no pensamento. Até aquele dia, aquele momento, que se tornou “o” momento das nossas vidas… nunca esquecerei aquela tua feição pálida e de desânimo, parecia que tudo desabava à tua volta, à minha volta. E agora apenas te tenho comigo em pensamento e no meu coração.
Lembras-te daquele dia em que jurámos que iríamos envelhecer juntos e correr o mundo?! E até fizemos uma tatuagem para marcar o nosso Amor… éramos tão diferentes, agora é que penso nisso. Nesse dia, acordaste com uma energia incontrolável, até limpaste a casa, e preparaste-me um pequeno-almoço maravilhoso, acordaste-me com aquela delicadeza única e ofereceste-me uma rosa. Eu fiquei sem palavras, tinhas esse poder em mim. E enquanto tomávamos o pequeno-almoço, tu olhavas para mim com um encanto tal que até me deixaste embaraçada, até implicaste comigo por eu estar corada:
- Estás linda assim corada, é sinal que te estou a tocar o coração! – disseste tu com o teu ar encantador.
E foi neste dia que prometemos ficar juntos para sempre, para o bem e para o mal, e assim foi. Agora, passados 40 anos, estou sozinha, apenas com as memórias do que vivemos juntos, de tudo aquilo que planeámos, que construímos, que sonhámos, porque estes sonhos eu ainda hei-de cumprir, por ti, meu Amor!
Tivemos que interromper os nossos projectos, por ti, pelo teu bem… Foi naquele momento, naquele hospital, que tudo desabou…
- Já não há nada a fazer! – Disse-nos o médico.
E sem reacção ficámos… foi demasiado duro, demasiado forte, demasiada frontalidade, demasiada dor, demasiado sentimento… foi, simplesmente, “demasiado” para uma pessoa cheia de vida.
Um simples exame de rotina levou a um número infinito de exames, análises, testes… até aquele “Já não há nada a fazer!”. Foi-te diagnosticado um cancro no pâncreas, e logo a ti, meu Amor. Já estava num estado tão avançado que nem tempo de vida te estimaram, nem havia tratamento possível… mas como isto pôde acontecer contigo, connosco?! Não sei. É tudo ainda muito vago na minha cabeça, na minha vida.
Aqueles dias de angústia, de sofrimento, de espera, não sabias se ias viver muito ou pouco, se ias sofrer, era tudo um grande vazio, os teus dias alegres e vivos tornaram-se em dias cinzentos, passivos e desesperantes… os teus e os meus dias. Recordas-te quando me pediste para seguir a minha vida, sem olhar para trás e te deixar?! Partiu-me o coração ouvir as tuas palavras…
- Vai viver a tua vida, não olhes para trás e segue em frente, não fiques presa a alguém que nem um futuro te pode dar… - disseste com um tom seco, como nunca havias feito.
Eu limitei-me a voltar costas e chorar, na minha solidão, para que não me visses sofrer, e não sofresses também. Foi a altura mais complicada da minha vida, e da tua também, foi uma altura que não nos amávamos, que conversávamos apenas o essencial, e não me deixavas aproximar e entrar na tua vida, fechaste-te como se eu tivesse alguma responsabilidade no que estava a acontecer, até me chegaste a tratar mal, mas eu estava do teu lado, para todo o sempre, o nosso Amor superava qualquer obstáculo.
Naquele dia em que partiste, o mundo caiu-me aos pés, estive do teu lado toda a noite, eu limpei-te a testa enquanto transpiravas de dor, eu sussurrei-te ao ouvido que te amava, eu “estive lá”. Mas dói, dói tanto perder alguém assim importante como tu eras, e ainda és, para mim, é uma dor que não se explica e apenas sente quem alguma vez amou e perdeu o amor da sua vida. É uma dor que estrangula o coração, que faz com que percamos a nossa alegria de viver, a nossa razão de viver… e eu perdi, eras e serás sempre a minha razão de viver, tu meu Amor!
Os meus dias têm sido tão diferentes, já não me abraças durante a noite, já não acordo contigo a meu lado, já não me preparas o pequeno-almoço, já não me fazes surpresas… dou por mim a entrar em casa e a imaginar que surpresa me terás feito, depois dou conta que já cá não estás. Dou por mim a fazer aquela comida que tanto gostavas, a pôr o teu perfume, a abraçar a tua almofada, a arrumar a tua roupa, só para que nunca te apagues da minha memória, para que cumpra o nosso juramento, de estarmos juntos para sempre.
Deixei tanta coisa por te dizer, tanta… queria ter tido a oportunidade de te ter dito mais uma vez que te amava, que eras a pessoa mais especial da minha vida, que não podia viver sem ti, que por ti faria tudo, que a minha vida sem ti a meu lado não tinha qualquer sentido, gostava de te ter contado que quando me sussurravas declarações de amor durante a noite eu ouvi todas, sim todas… gostava de ter tido tempo para te ter feito uma serenata à chuva, de ter gritado no meio de uma multidão que te amava, de te ter dito que ao teu lado era feliz… e tencionava fazer-te uma surpresa, disseste-me tantas vezes que gostavas de ir a Paris um dia, à “cidade do Amor”, e eu já tinha as passagens.
Agora o que faço eu com as passagens, se só ia a Paris por ti e contigo? Era a “nossa” cidade, a cidade do Amor, o Amor em forma de cidade, como nós o éramos com a forma humana. Não sei que faça sem ti, meu Amor! Continuas tão presente, nas cores, nos sabores, nos cheiros, em todo o lado… no meu coração e no meu pensamento… em cada canto desta casa…
A falta que tu me fazes, meu Amor!
(este foi o texto que me valeu um 19)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Palavras...


Falem!
Gritem!
Digam o que vos vai na cabeça...
No coração...
DIGAM!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Mais que...


Mais que champagne…
Mais que estar junto à lareira em dias frios de inverno…
Mais que férias em ilhas tropicais com longas caminhadas pela praia ao pôr-do-sol…
Mais que as sestas por baixo da sombra de um pinheiro em dias de piquenique de verão…
Mais que doce de morango com bolachas de água e sal…
Mais que uma grande caixa de bombons embrulhada em papel de veludo e com um grande laço farfalhudo…
Mais que um “obrigado” dito com um beijinho…
Mais que uma noite estrelada…
Mais que uma tarde de domingo a rever velhas fotos encontradas no fundo da última gaveta…
Mais que um passeio de barco observando o litoral…
Mais que as bolhas de champagne e as noites loucas…
Mais que uma almofada fofa…
Mais que esticar as pernas após um dia cansativo…
Mais que um jardim com intenso cheiro a flores…
Mais que ouvir o canto dos pássaros pela manhã…
Mais que a luz do sol em dias cinzentos de inverno…
Mais que um abraço inesperado…
Mais que o arco-íris depois da chuva…
Mais que o som das ondas rebentando na areia de uma praia deserta…
Mais que…

GOSTO DE TI MAIS QUE ISTO TUDO!!!

(adaptado)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Não sei como é...

Quando tudo deveria estar calmo, quando tudo merecia estar sereno... tudo desabou, ou parece estar a desabar... Não sei o que isso é, não consigo, não posso, nem estou no direito de me colocar nesse lugar, ou de tão pouco me imaginar nesse lugar.

Não sei o que fazer para ajudar!

Sinto-me perdida, de uma outra maneira!

Sinto-me de mãos atadas, sinto uma importência tal que me aperta o coração como que se o estrangulassem...

Não sei o que fazer...

Apenas estou aqui, e estarei para sempre...
Esta sensação de impossibilidade, de impotência, de incapacidade... Oh, nem sei explicar!
Apenas terei que descobrir uma forma de ajudar, nem que seja em silêncio, ou apenas com um pequeno gesto...
... Vou "ESTAR" aqui...
... E o tempo dirá o resto!
Acho que não são precisas mais palavras...

Aquele dia...

Este texto foi produzido por uma amiga minha para um portfolio que tivemos que construir para a cadeira de Produção de Português Escrito...
Leiam...
VALE A PENA...
Acordei com um sorriso estúpido na cara. Voltara a ter o mesmo sonho, voltara a sonhar com aquele dia.
Apesar de ter acontecido há anos atrás, ainda me lembro de tudo o que se passou, todas as sensações, todos os pensamentos, tudo (ou quase tudo), como se tivesse sido ontem.
Sem dar por isso, a minha mente começava a divagar. Começava a recordar, novamente, aquele dia, quando fui interrompida.
- Do que te ris?
- Estava a lembrar-me de uma história.
- Que história?
- Queres que te conte?
Ele limitou-se a acenar com a cabeça.
- Não posso dizer que foi um dia diferente, que foi um dia como nunca tive, porque não foi. Não foi um dia particularmente divertido, nem triste, nem um dia de sorte ou de azar. Foi um dia completamente normal, mais um dia na minha vida.

“Era um dia soalheiro como muitos outros, nada indicava que algo de novo ia acontecer. Como sempre, adormeci ou, como eu gostava de dizer, o despertador não tocou. É de referir que, na altura, eu era a personificação daquele ditado: “Quanto mais depressa, mais devagar”, eu era, e ainda sou, uma pessoa que só “funciona” se for tudo feito com muita calma, tudo muito devagarinho se não, corre mal. Tentei arranjar-me o mais depressa que consegui mas, como de costume, resultou em asneira: entornei café em cima das calças e, com a pressa de ir ao armário buscar outras, tropecei, caí e rasguei a camisola; após várias tentativas (falhadas) consegui, finalmente, sair de casa, fechei a porta mas, quando a ia trancar, percebi que tinha deixado as chaves em cima da mesa da entrada. Desisti, não tinha tempo de as ir buscar, quando voltasse entrava pela janela e rezava para que os vizinhos não pensassem que estava a assaltar a minha própria casa, como da última vez.
Mentalizei-me de que, se corresse, ainda conseguiria apanhar o autocarro e chegar a horas aceitáveis. Quão ingénua fui. Corri o mais que consegui, mas quando estava quase a chegar à paragem, vi o autocarro a arrancar. Não era a primeira vez que isto me acontecia, era de esperar que já estivesse mentalizada, que já me tivesse habituado a ver o autocarro a arrancar sem mim, mas não, era sempre frustrante, sempre. Resignei-me e sentei-me a ler à espera do próximo. Ia chegar, outra vez, atrasada, tinha de ir assistir a uma reunião e ia chegar atrasada, se chegasse.
Escusado será dizer que a reunião já tinha começado (há um bom bocado) quando, finalmente, cheguei. Mesmo assim decidi entrar e esforcei-me por manter os olhos abertos até ao fim, a sério que tentei…foi uma bela sesta depois de toda aquela correria matinal. Na verdade, agora que penso nisso, deve ser a única coisa que não me lembro desse dia: o que se falou na reunião, sei que me sentei, reparei que a sala estava quase cheia, sou capaz de ter ouvido uma palavrinha ou duas e depois acordei quando as minhas colegas me sacudiram…e a sala estava vazia. Tudo o que se passou entretanto é um grande ponto de interrogação.
Decidimos ir almoçar à cantina, comer “comida a sério”. A distância da faculdade à cantina era de cinco minutos, mas nesses míseros cinco minutos de distância, consegui perder uma nota de 10€. Lembro-me de a meter no bolso quando saímos da sala e lembro-me de não a encontrar para pagar o almoço, cinco minutos depois. Como eu consegui a proeza nunca cheguei a perceber. Adiante, foi um almoço como muitos outros que tivemos: comi bifanas com arroz e molho de sumo de laranja com um certo travo a chá preto; não tive direito a sobremesa, achei que as formigas mereciam um miminho e deixei cair o pudim no chão, afinal, as formigas são seres vivos, porque não estimá-las?
E, claro, o meu dia não estaria completo, não seria um dia tipicamente meu, sem eu esbarrar com alguém (que tivesse o atrevimento de estar a viver a sua vida) ou contra alguma coisa (que se limitasse a ter sido posta naquele sítio). Portanto, quando voltávamos para a faculdade, naqueles cinco malditos minutos de distância entre a cantina e a faculdade, enquanto tentava mandar uma mensagem à minha mãe, não reparei no candeeiro de rua que se atravessou, bruscamente, no meu caminho e fui contra ele. Ainda hoje, anos depois de acontecer, ninguém me tira da cabeça que o candeeiro fez de propósito. Enfim, ainda me lembro das gargalhadas que esse “encontro” provocou e, principalmente, da dor de cabeça, parece que ainda a sinto.
Achei que as aulas nesse dia estavam a custar mais a passar. Parecia que o relógio não avançava e se avançava era muito devagarinho, muito mesmo. Tinha combinado encontrar-me com uma amiga e estava mortinha por sair dali, mas as horas não queriam andar.
Assim que me apanhei fora da sala, corri o mais que pude na esperança vã de ainda conseguir apanhar o autocarro. Não consegui por duas razões: primeiro, porque era humanamente impossível, já estava na hora dele sair e eu ainda nem perto estava da paragem; e segundo, porque, com aquela pressa toda, esbarrei com alguém no corredor, ainda nem tinha saído da faculdade. Duas vezes num dia. Levantei-me atabalhoadamente e encarei a pessoa, pronta para ouvir um grande sermão enquanto me desmanchava em desculpas. Isso não aconteceu. Pedi desculpa, mas a pessoa (a quem havia arruinado um par de calças) não pareceu chateada, na verdade, fez-me um sorriso enorme, um daqueles sorrisos que só as “pessoas felizes” sabem fazer.
Agora, pensando bem no que se passou, apercebo-me de que, se na altura, eu tivesse reparado nos pequenos pormenores, naquelas pequenas coisas que nos passam despercebidas na altura, que só mais tarde fazem sentido, se eu estivesse mais atenta, teria reparado que algo estava diferente. Naquele momento, algo mudou.”

- Então? Já acabaste?
- Já, o resto não interessa, porque todo o dia se resume naquele momento apenas.
Ele riu-se:
- Não sei como é que sobreviveste a um dia assim. Só azar…
- Sabes, apesar de todos os azares que me aconteceram nesse dia, não mudaria nada. Não arriscaria mudar nada. Se tivesse que voltar a viver aquele dia, faria tudo na mesma.
- Nada? Então porquê?
- Nada. Porque aquele foi o dia em que te conheci.

Estiveste muito bem, Inês :)

Aquela caixinha

Dizem que há uma caixinha dentro do peito onde a tristeza se guarda. Gostava de a encontrar, mas como nem sequer sinto o peito, é um bocado complicado. Eu até tenho um coração saudável, com as aurículas e os ventrículos que sabem o que fazem, artérias vastas e seguras como auto-estradas com via verde e pulmões de nadador salvador, mas como há muito tempo que não sinto o sangue estremecer, não tenho peito, se o peito é aquele lugar onde a alma repousa e se acende, se o peito é onde dói quando se sangra de saudade, se é no peito que se ouvem as batidas mais rápidas que nos fazem sentir mesmo vivos.

(M.R.P.)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Dedicada a ti...à minha melhor amiga




Amizades são feitas de pequenos "nadas"...
Pedaços de tempo que vivemos com a pessoa...
Há Amizades que são feitas de dores e alegrias partilhadas...
Outras têm origem na escola, em saídas... e outras simplesmente existem e nem sabes como aconteceram...
E talvez estas sejam feitas de silêncios compreendidos e de simpatia mútua sem explicação...
Aprendemos a amar as pessoas sem que as possamos julgar pela sua aparência ou até pelo seu modo de ser...Sem etiquetá-las (apesar de o fazermos por vezes, inconscientemente.)...
Saint-Exupéry disse: "Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que a fez tão importante."
Um amigo torna-se importante para nós quando somos capazes de, mesmo na sua ausência, rir ou chorar, e de trazer esse amigo ao nosso coração ...
É importante saber aproveitar cada minuto e depois ter as recordações dos tempos passados com os amigos, mesmo que estejam longe dos nossos olhos....




A ti, que sempre estiveste do meu lado, agradeço toda a tua Amizade, incondicional e verdadeira...



Gosto muito de ti :)






Um dia...

Um dia...
...Descubro o meu "EU"...
...Mudo a minha vida...
..Mudo a vida de alguém...
...Faço a diferença...
Um dia... Sou eu!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Quem me dera... Por Alberto Caeiro

Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...
Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...
Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...
Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...
Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena...
(Alberto Caeiro)
Quem nos dera...
Quem me dera...
...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Conhece-te...

Vê...
Respira...
Sente...
Imagina...
Sonha...
Como se não houvesse amanhã...
Saboreia...
Reflecte...
VIVE...
Porque a Vida vale a pena ser vivida...
Diverte-te...
Chega aos limites...
Arrisca-te...
Porque a Vida é viver no limite...
Conhece-te...
Procura-te...
Encontra-te...
Faz aquilo que mais amas...
E...
VIVE